Ialorixá, referência no Candomblé na BA, morreu aos 92 anos em Salvador.
Missa reuniu filhos e filhas de santo, além de familiares da líder religiosa.
Mãe Menininha do Gantois, uma das líderes religiosas mais importantes do país, foi celebrada neste sábado (13), com uma missa na Igreja da Vitória. A cerimônia reuniu filhos e filhas de santo, além de familiares da Ialorixá, que morreu há 30 anos.
A filha de Oxum ficou à frente do Terreiro do Gantois, no bairro da Federação, por 64 anos. “Mãe Menininha era a pureza, a dignidade, a beleza, a rainha do Gantois”, conta o artista plástico Tati Moreno.
Maria Escolástica da Conceição Nazaré morreu aos 92 anos, e fez história sendo um exemplo de convivência com outras religiões, e de combate à intolerância religiosa. “Agradeço muito a Deus pela passagem dela aqui na Terra. Ela soube ter garra, ela soube ter amor, ela soube ter fé e foi uma guerreira vencedora”, lembra a Ialorixá Mãe Carmem.
Mãe Menininha era filha dos descendentes de africanos Joaquim e Maria da Glória, que eram da nação Egbá-Arakê, das terras de Agbeokutá, no sudoeste da Nigéria. A Ialorixá era bisneta dos negros libertos Maria Júlia da Conceição Nazareth e Francisco Nazareth de Eta.
A mãe de santo foi iniciada no Candomblé aos oito meses de idade, para o orixá Oxum e, desde cedo, seguiu a tradição da família na religião no terreiro do Gantois. O templo religioso, no bairro da Federação, tem origem Ketu, e mantém a política do matriarcado e de sucessão hereditária familiar. A matriarca morreu no dia 13 de agosto de 1986.
Fonte: http://g1.globo.com/bahia/jornal-da-manha/videos/t/edicoes/v/religiosos-do-candomble-fazem-homenagens-aos-30-anos-de-morte-de-mae-menininha-do-gantois/5229842/
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