Imóvel onde funcionava centro de candomblé foi totalmente destruído (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A Polícia Civil investiga a destruição de um centro de candomblé em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. A dona do imóvel e responsável pelas atividades do grupo, Noemi Ferreira, diz que viajou e quando voltou encontrou apenas os escombros. De acordo com o delegado Pedro Trajano, responsável pelo caso, a suspeita é que a motivação do crime seja intolerância religiosa.
“A gente está tentando localizar algumas testemunhas, vizinhos e até imagens de câmeras de segurança da região para tentar descobrir quem são os suspeitos. Se ficar comprovado que o dolo ocorreu em função do aspecto religioso, a pessoa vai responder já pelo crime de racismo”, afirmou o investigador.
Noemi conta que o centro de candomblé existia há 15 anos no Parque Esplanada I. Ele funcionava no mesmo imóvel em que ela morava com a família. Foi ó quando voltou de uma viagem, na última segunda-feira (7), que ela encontrou a casa completamente destruída, os móveis deixados ao lado no terreno e um bilhete no qual o grupo pedia que ela entrasse em contato por um número telefônico.
“É uma sensação de perda. Estou com o meu emocional abalado, pois causou danos materiais, mas também espirituais. Já estamos aqui há 15 anos, com muita batalha, e esse é o meu suor, a minha religião, a minha fé. Essa luta foi toda da minha família, dos meus filhos. Nada aqui foi doado por ninguém, a não ser por nós, integrantes da família, que lutamos para construir o centro”, afirmou Noemi.
“É uma sensação de perda. Estou com o meu emocional abalado, pois causou danos materiais, mas também espirituais. Já estamos aqui há 15 anos, com muita batalha, e esse é o meu suor, a minha religião, a minha fé. Essa luta foi toda da minha família, dos meus filhos. Nada aqui foi doado por ninguém, a não ser por nós, integrantes da família, que lutamos para construir o centro”, afirmou Noemi.
Ela diz que nenhum objeto, móvel ou eletrodoméstico foi roubado, apenas destruíram o teto e paredes da casa. Agora ela conta com a ajuda de amigos para ter onde ficar e guardar o que lhe restou. “Você vê pessoas estranhas invadir seu espaço, quebrar aquilo que você acredita, isso não é justo”, destacou ela, revoltada.
Fonte: G1
0 comentários:
Postar um comentário